21 de julho de 2015

meu segundo filho (não) é de borracha

Aí que tá: acho que o Joaquim veio pra quebrar paradigmas.

Primeiro, acabou com aquela história de "Ahhh, o Dudu é bonzinho? Você vai ver como o segundo vem da pá virada". Béééé!!! Essa não colou aqui em casa e a verdade é que nem sei dizer quem é mais bonzinho: Dudu ou Joca?

Depois vem aquela de "Ahhh, o segundo é mais fácil. Você vai ver".

Tá bom. Tenho que concordar que a gente até tem mais facilidade de resolver algumas coisas e tomar decisões, mas que mentira absurda de que é mais fácil criar o segundo filho (pro mundo). Que nada!

Venho criando o Jojoca como meu filho caçula. Apesar da minha vontade declarada de ter mais filhos, a grana fica curta e os planos pararam por aqui até que eu consiga ganhar na sena. Então, está sendo, por vários lados, muito mais difícil. Quer ver?

Primeiro que não é mais fácil desmamar. Quero prolongar esse nosso tempo juntos, por isso voltei ao trabalho semana passada e o Joca mal mamou durante o dia porque não tinha o peitão da mamãe. Ainda não pegou o gosto pela mamadeira - porque com certeza também incentivei menos que o Dudu.

Aliás, foi o primeiro dia também que ele ficou tanto tempo longe de mim. Nessa altura do campeonato - aos seis meses - tenho quase certeza de que o Dudu não só já tinha passado uma noite sem nós aqui em casa, como tinha dormido nas vovós (coisa que ainda está fora de cogitação).

Ir pra escola nesse ano. Já?! O Dudu foi pra escola aos seis meses. Com o Joaquim, decidimos esperar até que ele faça um ano. Foi difícil deixar o Dudu e retornar ao trabalho quando ele tinha seis meses. Mas foi mais difícil ainda deixar o Dudu e o Joca depois de tantos meses juntinhos. E por aí vai...

Então me peguei pensando esses dias nessa tal comparação que o ser humano adora fazer: quem é mais bonzinho? quem deu mais trabalho? quem come mais? quem é mais bagunceiro?

Eles são diferentes - que bom! - e a personalidade ou o avanço de um antes do outro em algumas coisas jamais será usada por mim como força competitiva entre eles ou com o mundo. Quero que sejam diferentes e assim vou amá-los incondicionalmente todos os dias. Por todos os segundos da minha vida.

Mas a conclusão que cheguei com todas essas comparações irrelevantes é que não deveria existir comparação. Meu sentimento é de que um é tão importante e especial quanto o outro, não há como cogitar que tenham lugares distintos na minha vida. E se vier um terceiro, teremos mais um lugar nesse espaço VIP que foi criado dentro da minha alma assim que virei mãe.

E aí que eu percebi que o segundo filho é de borracha po*** nenhuma. Pelo menos o meu. Tanto o Dudu como o Joca são meus dois verdadeiros tesouros, aqueles por quem eu daria tudo, passaria por qualquer coisa. E vou cuidar, de cada um, como se fossem únicos. Porque, na verdade, são mesmo.

Amo vocês, meus filhos. Cada dia mais, do jeitinho que vocês são. <3

Um comentário: