7 de setembro de 2014

mundo melhor ou filhos melhores?

Esses dias li no meu feed do Facebook algo como "não deseje um mundo melhor para o seu filho, mas crie filhos melhores pro mundo". Nossa, fez todo o sentido!

A cada dia que passa sempre me pego refletindo sobre o mundo caótico que vivemos e como me sinto de mãos atadas para fazer algo que possa melhorar a situação. Penso em como estou colocando não um, mas agora fois filhos no meio dessa bagunça. Me dá medo.

Mas, esses dias tenho visto muitos textos que falam sobre a parte que cabe a nós fazer e fico empolgada com o que posso, individualmente, contribuir. Minha mente parece um turbilhão de ideias, mas ainda tenho um pouco de dificuldade de pensar no hoje. Tenho que ser sincera... pensar em como seria, como será, é mais fácil.

Esse fim de semana comecei tentando fazer as coisas com calma. Menos pressa pra tomar o café da manhã... sem estresse. Acordamos tarde no sábado, fomos na padaria, compramos um monte de coisas gostosas e fizemos um pique-nique no Parque do Ibirapuera. Lá comemos com calma, cada um o que queria, Dudu e Thi se acabaram andando na bike e no skate e eu passei horas deitada na grama, com os pés descalços na terra, simplesmente admirando o céu, as árvores e observando o que faziam as pessoas. Além dos minutos de cochilo. Voltei com calma para casa e fizemos compras. Sem estresse! Não tinha almoço? Dudu comeu um miojo às 16h. Isso mata alguma criança? Claro que não! Voltamos e nossa primeira refeição completa foi no jantar, que saiu atrasado às 21h, mas e daí? Domingo também começou calmo... acordamos tarde, tomamos café - dessa vez decentemente, digo, coisas saudáveis - em casa. Fomos à feira na última hora dela, sem medo de que fosse acabar. E não só não acabou como pegamos a hora da xepa. Gastamos R$ 15 reais e levamos o mesmo que na semana passada, quando fizemos tudo mais cedo e gastamos R$ 50. Enfim... e assim se seguiu o fim de semana.

Será que não é assim que ajudamos a felicidade a entrar em casa e fazer nossos filhos sentirem isso também? Tenho medo do estresse que meu filho de quase três anos já sente. Acorda cedo, corre pra escola, lá passa o dia inteiro fazendo mil atividades, corre no trânsito da volta com a mãe estressada no carro... indo pra natação ou pra casa. Chega em casa e só vê um pouco de desenho na hora que sobra, porque a própria mãe não consegue dar atenção: ou está fazendo o jantar, ou arrumando as coisas, reclamando. Putz grila! Não é essa a vida que quero pro meu filho e muito menos quero que ele sinta tudo isso tão pequeno!

Então esse fim de semana parei pra tentar mudar. Sei que no dia a dia é muito díficil, pois a cidade nos suga. Mas vou tentar e vou relatando o que consegui. Meu foco e minha inspiração são meus dois filhos. É para eles que posso mostrar que existe o outro lado das coisas e que temos que olhar o positivo. O Thi já faz isso muito melhor do que eu, acho que porque nós, mulheres, somos mesmo mais preocupadas.

E sobre o título, acho que ele começa aqui. Ao olharmos os pequenos momentos que podem nos deixar felizes, podemos transformar tudo em algo melhor. E, assim, contribuir de verdade para o mundo, seja com um sorriso, com alguns minutos de escuta para alguém que precisa falar, cuidando da nossa casa e tudo o que fazemos que impacta as pessoas e o mundo. Espero que aqui só comece um movimento meu, de mim mesma, para algo que seja positivo e melhor para todos.