26 de dezembro de 2014

Cesárea humanizada... um sonho vivido!

Ideia: esperar algum sinal para o parto, tentar o parto normal, na Pro Matre.
Realizado: data escolhida a dedo, parto cesárea, no São Luiz.

Engraçado como a vida sempre prepara essas surpresas. Na 36a semana de gestação, a recém citada Diabetes Gestacional começou a dar uns pepinos e ficar alterada. E foi na consulta com a obstetra do dia 15/12 (semana que eu conversava sempre para o Joaquim nascer - com ele mesmo), que ela falou que esses pontos alterados poderiam fazer com que antecipássemos um pouco o parto. Mas foi no dia seguinte, enquanto levava o meu atestado de licença maternidade no trabalho, que ela me ligou, disse que conversou com a endocrinologista e que realmente era melhor fazermos o parto agora, até a 38a semana! Uiiiiii... assim, pá, pum. Vamos decidir?

A proposta inicial era fazermos o parto no dia 20/12 (essa era uma terça, seria sábado), mas já que era pra escolher, falei que preferia dia 19 ou 21 (porque gosto de números ímpares). A obstetra então falou que infelizmente neste final de semana tanto a Pro Matre como a Santa Joana estavam lotadas e perguntou sobre o S. Luiz. Realmente eu não teria do que reclamar... são todas boas maternidades, então disse que sim.

No mesmo dia, já tinha recebido no e-mail o cancelamento da reserva na Pro Matre (que era pro dia 27) e a reserva do São Luiz... pro dia 19/12! Ou seja, naquela sexta-feira. Baita frio na barriga!

Foi a coisa mais esquisita do planeta esperar o parto marcado. Como relatei nesse blog no post a você, todo o meu amor!, Dudu estava marcado para nascer no dia 03/11 mas resolveu vir ao mundo no dia 01/11. Então, não houve dessa vez a bolsa vazando sem parar, a correria de madrugada para lembrar todas as coisas que tínhamos que pegar, a ligação apressada para os familiares para avisar que iria chegar.

Mal se podia dormir... tic, tac... Joaquim chegaria em breve e sabíamos disso! Naquele dia 19, como sempre, dormimos todos juntos (papai, mamãe, Dudu e Joaquim ainda na barriga). Acordamos cedo para resolver as pendências: comprar presentes dos amiguinhos do Dudu que fariam aniversário naquela semana (Dai, Lulu e Miguel), antes tomamos café na padaria, depois paramos pra almoçar rapidinho e bem cedo, pois meu jejum começava às 11h30 - o parto seria 19h30. Então fomos pra casa, colocamos as coisas no carro, tomamos banho, fiz uma escova de leve pra aparentar melhor depois da cirurgia, demos uma arrumada na casa e então fomos para o S. Luiz. Chegando lá, entregamos toda a papelada para a internação, mas acabou demorando bastante e primeiro chegou a cirurgia do que o quarto.



 


O parto mais legal do planeta  =)

Umas 18h30 chegaram o anestesista - nosso amigo, Fernando, o mesmo que fez o parto do Dudu - e logo depois a Dra. Tatiane, que já super bem mencionei no meu post anterior a esse. Conversamos um pouquinho sobre efeitos da anestesia, possíveis dificuldades do Joaquim respirar ao nascer (pela idade gestacional 37 semanas e 6 dias e também pela Diabetes), mas os dois sempre muito queridos, atenciosos e tranquilos. E então tá! Nos vemos na cirurgia.


Essa placa que me recepcionou já mostrava que tudo sairia melhor do que eu esperava e todos dessa equipe foram verdadeiros anjos que tornaram meu segundo parto mais do que especial. O Dr. Fernando já estava lá também e logo a Dra. Tatiane me apresentou para todos. Fizeram a anestesia, passaram a agradabilíssima sonda. E, antes do que eu previa, o Thiago já estava convidado a entrar. Primeira coisa que fez foi colocar a playlist que escolhemos para o parto no som da sala. Incrível... daquelas coisas que a gente acha que não vão exatamente dar certo. E dão. 

Foi já na segunda música, que quase não acreditei porque era a Sirens, do Pearl Jam, que o Joaquim nasceu, com seu chorinho de anjo, a coisa mais linda de se ouvir. Ao sair da barriga a primeira coisa que a Dra. Tatiane fez foi aproximá-lo de mim, eu pude ver quando começou a chorar, e deixar eu tocá-lo, quase antes de todos, exceto ela. Não tinha como conter as lágrimas, mais um milagre, meu segundo milagre, da vida! E como nasceu lindo, como o meu Dudu!!!


Fizeram os primeiros procedimentos no Joaquim, nos falaram o peso, mas logo ele estava no colo do Thi, sentado bem ao meu lado. No parto do Dudu, a experiência teria acabado aqui, indo apenas para a sala de recuperação e depois de umas 6h eu o veria novamente. Mas não foi o que aconteceu comigo e aqui comecei uma nova experiência na vida, que jamais soube que era possível.

O Joaquim não passou 5 minutos no colo do Thi, mas loooongos minutos que me permitiram reconhecê-lo, observá-lo, olhar e sentir cada detalhe do rostinho, pés, mãos... Quando ainda estava completamente absorvida por essa cena, me apaixonando, a Dra. Márcia disse: vamos fazer o banho do Joaquim? Eu mal podia acreditar. Em alguns minutos, lá estava o Joaquim, dentro de uma banheira, bem relaxadinho, e enquanto o papai dava o banho nele (não é um banho de verdade, mais uma aguinha quente para que ele tenha a sensação de voltar ao útero) a mamãe se apaixonava ainda mais, e podia participar, mesmo que de maneira limitada. E foi incrível! Vê-lo todo feliz na água, papai bobão com ele, e eu fazendo carinho nos seus bracinhos e perninhas. 

Enquanto rolava a nossa playlist, com músicas que agora farão parte dessa história pra sempre, mamãe nem percebia ou sentia qualquer coisa, só curtia o mais novo filhote, sem conseguir pensar em mais nada.

E então a Dra. Márcia disse: vamos colocá-lo para mamar? Sério... a não ser que você seja mãe, nunca entenderá o que isso tudo significa, o quanto representa para nós. E então, eu senti um imenso carinho em cada palavra que a Dra. Márcia falava, retomando aulas de amamentação que eu nunca havia estado presente, embora fosse meu segundo filho.




Não havia aquele pré-julgamento que eu já saberia de tudo. Era tudo novo, uma experiência literalmente do zero. Enquanto ela ajudava o Joaquim a pegar direitinho, me explicava de maneira doce tudo o que viria depois dali. Foram uns 15 minutos de mamada em cada peito, o que me permitiu curti-lo ainda mais, agora bem de pertinho, e claro, o Thi também.

Joaquim nasceu às 20h24, do dia 19 de dezembro de 2014, com 48,5 cm, 3,6 kg. As informações básicas, que soubemos depois. A cirurgia começou umas 20h e saímos da sala às 22h30. Todos juntos: mamãe, que foi então para a recuperação, papai, que foi para o quarto, e Joaquim, que foi para o berçário. Esse foi um parto que já acreditei ser impossível, mas deveria ser sempre assim... com uma equipe preocupada com não só com a saúde, mas com o sentimento das pessoas que estavam ali, fazendo com que essa experiência fosse maravilhosamente e especialmente única para mim, Thiago e Joaquim.

A todos da equipe, Fernando, Tatiane, Márcia e Eliane, só temos a agradecer aos anjos por terem colocado vocês em nossas vidas e nos permitido termos essa experiência tão maravilhosa. Vocês foram nossos anjos nesse dia. Desejo que cada sentimento que me proporcionaram seja retribuído em forma de sonhos realizados para vocês e suas famílias, que é o mínimo que merecem.


Com o querido Dr. Fernando (Imbê)

Dra. Tatiane, que tornou tudo isso realidade

Dra. Tatiane com o nosso mais novo anjinho

18 de outubro de 2014

Assim fica fácil: a diabetes gestacional!

Eu vejo a sociedade mudar. De verdade... eu estou sentindo isso na pele.

Há poucas semanas descobri a diabetes gestacional de uma maneira muito confortável e esclarecedora graças a profissionais excelentes. Mas a minha história de hoje não começará por aqui, mas quando junto a essa notícia também descobri que tive diabetes gestacional na gravidez do Dudu e não soube. A médica não soube...

Pior foi saber dos riscos que eu e o Dudu corremos de graça e que nem tinha consciência disso. E ouvir que por conta desses primeiros meses no meu útero doce ele poderá ter diabetes se tiver sobrepeso. É de cortar o coração! Aí me vem à mente o terrorismo psicológico que minha ex-obstetra fazia com relação ao peso dele e meu, me fazendo sair da consulta desesperada e em prantos, especialmente nos últimos dois meses de gestação. Mas estava de mãos atadas, como se tivesse que aceitar o fato e pronto. Agora paro e penso: isso é normal? Isso que eu deveria esperar da minha médica em um momento tão especial?!

Julgamentos e problemas deixados de lado - porque graças a Deus o Dudu nasceu perfeito e segue com muita saúde -, minha experiência na segunda gestação vem sendo incrível e vou contá-la aqui, até porque tem tudo a ver: hoje é o Dia do Médico!

Pra começar, dizer que por muita sorte já estava passando por consultas com uma médica que talvez nem saiba mas que hoje é queridíssima para minha família toda e especialmente para mim: a Dra. Tatiane. Desde o começo foi uma pessoa muito atenciosa, sempre me deixou com todos os contatos dela, mas com certeza não foi só isso que a tornou tão importante.

9 semanas de gestação do Joaquim e fui conversar com ela. Além de receber todas as orientações necessárias, logo me perguntou o tipo de parto e eu disse: cesárea (afinal, quem passou por uma, passa por duas). Ela anotou sem falar nada, me lembro muito bem. Saí de lá com receitas para vários exames, inclusive a chatonilda curva glicêmica. Pensei se seria muita implicância com o peso que o Dudu nasceu, mas fiquei na cabeça com a seguinte frase dela: "não teremos outro super bebê".

Nas semanas que se seguiram fui fazendo alguns exames, mas não conseguia fazer a tal curva porque fiquei muito enjoada nessa gestação e ficar em jejum era impossível. Ao longo do tempo, fui a outras consultas e sempre atenciosa a Dra. Tatiane me mandava e-mails perguntando da tal curva. Caramba, deve ser importante, ela está me mandando e-mails!

12 semanas e tive uma nova consulta, da qual saí com uma receita que dizia o que ela já vinha me falando desde o começo: "Vanessa está apta para realizar atividades físicas" e a sugestão era: matricule-se o quanto antes em alguma modalidade. E foi o que fiz. Achei o programa Mammy da academia Run2Fit, onde a querida professora Claudia me acompanha desde então. São aulas de 30 minutos de alongamento seguidas de 45 minutos de hidro, duas vezes por semana, com um monte de mulheres incríveis e seus bebezinhos. Além de treinar o corpo, treinamos a fala (rs), já que não paramos de conversar sobre enxoval, técnicas de amamentação, parto, choro e etc.

Bom, alguns dias depois finalmente fiz o exame. No outro dia já tinha uma consulta marcada com a Dra. Tatiane, que logo entrou no site do laboratório ali, na minha frente, e disse: o resultado saiu. O exame, que ficaria pronto apenas em seis dias, já trazia o resultado da diabetes gestacional. E foi com muita calma e um sorriso que ela me passou a informação e disse: vamos cuidar de você e do bebê. Tudo vai dar certo.

E saí de lá com um parabéns por ter me matriculado e também toda a família na academia, e algumas missões como passar com uma endocrinologista e uma nutriciosta.

Depois de uma enrolada de quase um mês e alguns e-mails da Dra. Tatiane me puxando a orelha por ainda não ter ido nas médicas e acompanhando o controle meu de glicemia, encontrei mais dois seres importantes nessa trilha: a Dra. Patricia, endocrino, e a Dra. Camila, nutricionista. Ambas especialistas em diabetes gestacional.

O diagnóstico não é legal... deixar os doces de lado, ainda mais pra mim, parecia muito difícil. Mas o apoio delas está sendo fundamental, todas atenciosas, me acompanham por e-mails, me ligam, incrível. Com isso, estou mega estimulada e seguindo todas as recomendações: dieta regular, açúcar zero, controle de glicemia 4x por dia, exercício físico pelo menos 2x na semana e agora um remedinho a noite para melhorar a glicemia em jejum.

O resultado? Até agora 5 quilos a menos, uma barriga de 1 mês e meio menor (comparada com foto!) e com certeza muito mais saúde e disposição não só pra mim, mas para todos ao meu redor. Que experiência incrível tem sido e me sinto diariamente agradecida por ter colocado tantas pessoas cuidadosas na minha vida.

A última consulta na Dra. Tatiane foi muito especial. Contei de tudo o que tenho ouvido e ela também me falou da importância de eu estar tentando seguir tudo, embora seja a minha segunda gestação e as mães não se empenharem assim achando que "tudo dará certo, já que na primeira vez deu". Mas o especial foi ter ouvido a pergunta que sabia que viria em breve "vamos tentar o parto normal?". Nesses meses, percebi que a Dra. Tatiane vinha falando aos poucos do assunto, mas sempre com muito respeito e sem nunca questionar a minha suposta decisão pela cesárea. Realmente não tem preço ouvir "não vamos ficar presas à indústria dos agendamentos, vamos fazer o que for melhor para você e para o bebê". Olha... sem palavras. Não me decidi ainda pelo tipo de parto, mas como é bom saber que não precisamos fazer o que a maioria faz. Ao final da consulta ainda me falou sobre parto humanizado, que é o bebê entrar em contato e mamar logo após sair da barriga e que faremos isso se der tudo certo. Posso contar? Meus olhos se encheram de lágrimas na hora... parecia uma boba quase chorando. Não poderia pensar em nada tão especial, principalmente me lembrando de tudo que passei com o Dudu.

A questão não é uma coisinha ou outra, mas o todo. Por isso vejo a sociedade mudando, assim como eu venho mudando. Tenho buscado pensar o quanto estamos aqui para sermos felizes e fazermos o bem a outras pessoas, mas ainda vejo muita gente só atrás de dinheiro, status e poder. Uma corrida que, de verdade, não me faz chegar à conclusão do que realmente estão buscando. A minha busca? Ser feliz, ter uma família incrível, amar incondicionalmente, educar, ser melhor, contribuir para outras pessoas. E fazer isso se propagar por aí.

E então encontro médicas como a Dra. Tatiane, que talvez nem tenham notado a diferença que estão fazendo por aí, mas fazem parte dessa corrente do bem. Ao contrário do que alguns pensariam até esta parte do meu relato, ela é bastante jovem, provavelmente mais nova do que eu. Mas não são os anos de vida que dão essa receita de atenção, simpatia, cuidado, ética e valores. Isso não nos ensinam na faculdade, mas fazem parte da nossa criação e da nossa essência.

Então, nesse Dia do Médico, não poderia deixar de escrever esse post, relatar que temos excelentes profissionais e, melhor ainda, pessoas por aí, e agradecer a cada uma delas: Prof. Claudia, Dra. Patricia, Dra. Camila e especialmente a Dra. Tatiane. Vocês não imaginam a minha gratidão por vocês, ainda que o Joca tenha uns dois meses para nadar na minha barriga.

Parabéns a vocês pelos seu dia, mas principalmente pelo que fazem, pela contribuição que dão à sociedade, pela disposição em cuidar dos outros. Isso é motivo para se orgulharem todos os dias e, ao deitar a cabeça no travesseiro pensarem: "eu não estou aqui nesse mundo à toa, mas por um motivo muito nobre. E estou fazendo isso da melhor maneira". Se não pensavam assim até então, passem a fazer.

Um grande beijo de toda a nossa crescente família: Mamãe Van, Papai Thi, Dudu e Joca.

Obs: não coloquei os sobrenomes das profissionais aqui para manter a privacidade delas, mas quem precisar pode me procurar no e-mail vanbastos@gmail.com que eu passo os telefones!



7 de setembro de 2014

mundo melhor ou filhos melhores?

Esses dias li no meu feed do Facebook algo como "não deseje um mundo melhor para o seu filho, mas crie filhos melhores pro mundo". Nossa, fez todo o sentido!

A cada dia que passa sempre me pego refletindo sobre o mundo caótico que vivemos e como me sinto de mãos atadas para fazer algo que possa melhorar a situação. Penso em como estou colocando não um, mas agora fois filhos no meio dessa bagunça. Me dá medo.

Mas, esses dias tenho visto muitos textos que falam sobre a parte que cabe a nós fazer e fico empolgada com o que posso, individualmente, contribuir. Minha mente parece um turbilhão de ideias, mas ainda tenho um pouco de dificuldade de pensar no hoje. Tenho que ser sincera... pensar em como seria, como será, é mais fácil.

Esse fim de semana comecei tentando fazer as coisas com calma. Menos pressa pra tomar o café da manhã... sem estresse. Acordamos tarde no sábado, fomos na padaria, compramos um monte de coisas gostosas e fizemos um pique-nique no Parque do Ibirapuera. Lá comemos com calma, cada um o que queria, Dudu e Thi se acabaram andando na bike e no skate e eu passei horas deitada na grama, com os pés descalços na terra, simplesmente admirando o céu, as árvores e observando o que faziam as pessoas. Além dos minutos de cochilo. Voltei com calma para casa e fizemos compras. Sem estresse! Não tinha almoço? Dudu comeu um miojo às 16h. Isso mata alguma criança? Claro que não! Voltamos e nossa primeira refeição completa foi no jantar, que saiu atrasado às 21h, mas e daí? Domingo também começou calmo... acordamos tarde, tomamos café - dessa vez decentemente, digo, coisas saudáveis - em casa. Fomos à feira na última hora dela, sem medo de que fosse acabar. E não só não acabou como pegamos a hora da xepa. Gastamos R$ 15 reais e levamos o mesmo que na semana passada, quando fizemos tudo mais cedo e gastamos R$ 50. Enfim... e assim se seguiu o fim de semana.

Será que não é assim que ajudamos a felicidade a entrar em casa e fazer nossos filhos sentirem isso também? Tenho medo do estresse que meu filho de quase três anos já sente. Acorda cedo, corre pra escola, lá passa o dia inteiro fazendo mil atividades, corre no trânsito da volta com a mãe estressada no carro... indo pra natação ou pra casa. Chega em casa e só vê um pouco de desenho na hora que sobra, porque a própria mãe não consegue dar atenção: ou está fazendo o jantar, ou arrumando as coisas, reclamando. Putz grila! Não é essa a vida que quero pro meu filho e muito menos quero que ele sinta tudo isso tão pequeno!

Então esse fim de semana parei pra tentar mudar. Sei que no dia a dia é muito díficil, pois a cidade nos suga. Mas vou tentar e vou relatando o que consegui. Meu foco e minha inspiração são meus dois filhos. É para eles que posso mostrar que existe o outro lado das coisas e que temos que olhar o positivo. O Thi já faz isso muito melhor do que eu, acho que porque nós, mulheres, somos mesmo mais preocupadas.

E sobre o título, acho que ele começa aqui. Ao olharmos os pequenos momentos que podem nos deixar felizes, podemos transformar tudo em algo melhor. E, assim, contribuir de verdade para o mundo, seja com um sorriso, com alguns minutos de escuta para alguém que precisa falar, cuidando da nossa casa e tudo o que fazemos que impacta as pessoas e o mundo. Espero que aqui só comece um movimento meu, de mim mesma, para algo que seja positivo e melhor para todos.

21 de agosto de 2014

tudo atrasado

O despertador toca às 6:40. Você dá um pulo, se troca correndo, vê a mochila do filho, arruma mala da academia, faz mamá, maquiagem e sai correndo de casa sem ver ninguém acordado pra te dizer bom dia. Já sente que está atrasada. Pega um trânsito do inferno pensando nas coisas que você não pode deixar de fazer porque vai passar o dia fora da mesa. Organiza tudo em uma "to do list" que você tem 15 ...minutos pra fazer quando chega na empresa. Sai correndo atrasada de novo e vai pro treinamento. Apesar de estar lá fisicamente, o celular te rapta e faz render 20% da primeira parte do curso, porque o resto tem que resolver as urgências. No final do treinamento sai correndo de novo atrasada, usa os 10 minutos que tem pra fazer quatro coisas e... Ah é! São 15:20 e tenho que escovar os dentes e fazer xixi antes de entrar na sequência de reuniões às 15:30. Escovo 30% dos dentes e saio correndo. Chego nas reuniões que por azar vão terminar 30 minutos depois do combinado. Dá 17:30 e teria que estar indo pra academia. E estou atrasada! Volto pra mesa e resolvo mais duas ou três pendências que são quase possíveis e saio correndo - preciso dizer atrasada? - sentindo deixar o mundo pendente. Chego na academia. Atrasada. Corro pra me trocar e não perder a aula que é um investimento alto. Faço a aula - um momento de paz - e saio pra pegar o filho que tá na casa da tia. Tento colocar o papo em dia nos 20 minutos que tenho e volto pra casa. Cadê o controle do portão? Merda! Ligo pro porteiro e ele abre a porta. Uma porta aberta! Estaciono e o filho chora "quero dirigiiiiir". Saio carregando a mochila da academia, da escola, a bolsa, o casaco, dois carrinhos. E o filho de 16kg. Agora tem o pijama meu e do filho pra trocar, escovar dentes de duas bocas, dar comida pro gato, fazer o mamá da noite. E não posso esquecer das malas da academia que pra amanhã são duas: a minha e a do filho: é a minha vez na natação infantil. Mas não basta fazer a mala... Tem que estender tudo, recolher amanhã e então fechar a mala. E repor o xampu que acabou - não esquece! Quantas horas me restam? Estou indo dormir atrasada! Tudo atrasado...menos o despertador que tocará às 6:40 de novo e me fará pular da cama para uma sequência de fatos que tornarão meu dia, de novo, (.......). Preciso dizer?

2 de julho de 2014

será que então é menina?!

Meu Deus, quanto enjôo!

Todo o mundo sabe que meu lance não é ficar grávida e isso não é segredo. E não é pela parte objetiva da coisa: ter filho, amamentar, ter um serzinho dependente de você... essa parte é a melhor! Mas estar grávida, pançuda, com azia, enjôos, peitos enormes. No me gusta. De verdad.

Mas eu estou... e pela segunda vez! Aí vão me perguntar: "mas se é tão chato, porque fazer de novo?". Porque realmente ser mãe é a melhor coisa do planeta inteiro!!! Mas não vou me empolgar pra falar disso porque vim falar de outra coisa.

Antes de recuperar meus posts antigos da gravidez do Dudu, como o "os opostos: o enjôo e a fome" vou falar pelo que eu recordo e vou te dizer que não fiquei enjoada como estou dessa vez. Tenho certeza! Mal descobri a gravidez do segundinho (no dia 01 de maio tivemos a certeza pelo exame de sangue) e logo eles vieram.

No Dudu, lembro de ser algo mais como azia, embrulho 24h. Mas dessa vez...

Quer saber a real? Me sinto doente. Não bastam os enjôos que me fazem correr para o banheiro, mas também estou com muita azia por causa de quase tudo o que como, estou morrendo de sono e com o corpo cansado... Sabe quando você vai ficar doente? Assim!

Aí se você comenta isso com alguém - principalmente se essa pessoa não tiver filhos - soltam logo a frase pronta que é praticamente um ditado "gravidez não é doença". Ah é? Sinta então você tudo o que eu estou sentindo então!

Claro que não é doença, mas me sinto como se estivesse... chego em casa e só quero dormir pra acordar boa. A diferença é que não é uma semana que vai fazer eu me sentir melhor... não é?

Falam que cada gravidez é única e diferente, mas ainda não estou botando muita fé nisso, Meu palpite é que deve ser menina. Isso porque, pelas experiências de amigas, vejo que mães de meninas (em geral hein?!) ficaram muito mais enjoadas. E será que é? Sempre me imaginei mãe de três meninos... mas não nego que também ficaria feliz em ter uma bonequinha em casa!

De verdade, tanto faz. Meu negócio é ser mãe e não faço questão do sexo da criança. Pra falar bem a verdade, logo que descobri que estava grávida, dessa vez, torci muito para serem gêmeos! Dois meninos! Um casal! Que delícia, ia amar!

Mas já temos certeza que é um só e são muitos os palpites para uma menininha. Agora resta esperar, porque não vamos fazer a sexagem fetal (exame de sangue para saber o sexo do bebê), então só saberemos lá pelo final do mês mesmo.

Então tá. Vou me despedir rapidamente pra dar uma corridinha pro banh... fui!

27 de junho de 2014

V.2 - Aí vamos nós!

Desde pequena o maior sonho da minha vida era ter um irmão. E tinha que ser um irmão homem, não uma menina.

Nunca tive uma Barbie (sim, eu juro) e acho que ter um Ken que você ganhou de nem sabe de quem não conta. Sempre fui de bola, bicicleta, skate, patins. Subir em árvore, brincar de caçar aranhas e mexer na terra. Praticamente um moleque. Minha mãe, inclusive, deve ter tido dúvidas se um dia...deixa pra lá!

Mas, depois veio a vontade de ser mãe. E é incrível como, até acontecer, a gente nunca tem certeza se vai realizar. E hoje, ainda não tendo certeza do sexo, estou extremamente feliz pois estou realizando um sonho meu, mas para o meu amado Dudu: em breve, chega o seu irmãozinho (ou irmãzinha) para brincar, brigar, acompanhar, ser um parceiro para a vida toda! Que felicidade sem tamanho!

A pergunta pode ser porque o privilégio de falar primeiro "irmão" e não, não é porque a regra geral do português é trazer tudo para o masculino. Hoje, no nosso ultrassom morfológico do primeiro trimestre com dopplerfluxometria colorida etc e tal a médica chutou: "70% de chances de ser menino".

Viva! Viva! Viva! Não me importa se menino ou menina, sério. Sempre achei que seria mãe de três meninos... e tenho o meu Dudu, a pessoa mais incrível que poderia ter na vida. E agora vem mais um para a trupe. Se for menina, eu ganho. Se for menino, eu ganho. O importante é mesmo ter saúde e ele tem! Apesar dos poucos 6,3 cm, vimos tudo: TN perfeita, dois braços, duas pernas, tudo proporcional, bexiga e estômago funcionando direitinho e um rostinho angelical que já estou ansiosa para admirar e beijar cada detalhe.

Então, é isso aí. O putzgrilaeagora volta com tudo, pronto para ter novas dúvidas, ganhar novas soluções, expor novas experiências, fazendo desse meu (nosso) momento algo único e especial.

Outro dia conto os momentos que antecederam esse post. Os enjoos, o sono, as espinhas, a descoberta e o planejamento da vinda do bebê. Aliás, tem aí um ineditismo. E quem disse que a segunda gravidez é sem novidades? Essa já começa diferente!

Por enquanto, finalizo desejando as boas vindas a mais esse serzindo incrível que está para chegar. Aliás, em data incrível também: entre Natal e Ano Novo.

Bom, se isso será uma coisa que ele ou ela vai gostar, aí eu já não sei. Veremos. Mas uma coisa já tenho certeza: será mais alguém que eu vou amar incondicionalmente, assim como o meu Dudu.

Filho ou filha: já te amo. Já te vejo, já sonho com você. Não vejo a hora de começarmos a trocar fraldinhas, cuidar de você e ouvir, mesmo que em choro, a sua voz de anjo. Estamos todos ansiosos te esperando.

Um beijo da mamãe, do papai e do Dudu