15 de maio de 2012

triste fim da licença maternidade

É o fim. E o começo de muita coisa!

Foram exatos 7 meses dedicados quase que exclusivamente ao meu Dudu. Me lembro da última consulta na Dra. Lucy, que fez o meu pré-natal: dia 14/10/11, na qual ela falou: agora você entra em licença! Dali, fui até a empresa num clima de despedida e avisei: "galera, me voy. agora só no ano que vem". Nesse dia trabalhei até às 21h vendo tudo o que poderia aparecer nos dias que estaria ausente e a sensação era "quantos dias!!!!".

As duas semanas que se seguiram foram dedicadas a lavar, passar e guardar as últimas roupinhas, fechar as malas da maternidade, separar as lembrancinhas, documentos, enfeites de porta. Ah, e a fazer muitos exames de sangue também, pra monitorar a glicose... No dia 29/10, fomos à feira e me lembro bem da velocidade de tartaruga que andava. Tudo me cansava, me pesava, ave! E no domingo, fomos ao Mercadão, comemos o sanduíche de mortadela e compramos pistaches! Dia 31, segunda-feira, tinha um ultrassom agendado e também uma cardiotocografia. Minha prima e madrinha do Dudu, Vivi, me acompanhou e lá a médica avisou que eu estava com algumas contrações e que o bebê viria logo. E a resposta foi simples: "ok, a cesária já está agendada para quinta-feira, dia 3".

E nessa madrugada, do dia 01/11/11, minha bolsa estourou, corremos pra maternidade e tivemos, finalmente, o nosso tão esperado e amado Dudu. E a partir daí "ainda" teria mais "longos" 6 meses e meio de licença.

Só que esses "quantos dias!!!" não foram suficientes. É engraçado que quanto mais passa o tempo, quanto mais avançam os dias, mais você quer ficar grudada, colada mesmo. Mais você depende dele, não o contrário.

Estou me preparando há tempos. Fizemos a matrícula do Dudu na escolinha em janeiro, marcamos o início das aulas para o dia 02/05. Meio período, claro! Pra eu me acostumar. E o Dudu está indo super bem... não chorou um dia até hoje, aprendeu a pegar a mamadeira, come direitinho, se diverte de montão e está se acostumando a dormir com o barulho de outros nenês. E amanhã fará mais uma estreia: será seu primeiro dia de período integral.

A dor não é de deixar na escola, de acordar cedo, de enfrentar o frio, de trabalhar. É de passar muitas horas longe! Bom, mas seja bem-vinda ao mundo moderno. Hoje em dia, ou é assim, ou é assim.

E junto com essas mudanças está a pessoa nova que sou. A mesma, mas acredito que bem diferente. Me sinto diferente, com preocupações e valores diferentes. Querendo ser outra pessoa do que queria ser antes do Dudu. É engraçado... uma mudança que parece sutil, mas mexe na sua essência. E com isso tudo merecidamente vem um monte de coisas novas: tarefas novas antes de dormir, como esterelizar mamadeiras, montar lancheira e mochila do Dudu para a escola, escrever recadinhos na agenda, cabelo novo, roupas de magra (yes!), papai em emprego novo e preparação para mudança até de apartamento!

Assim como no fim da gravidez, estamos passando, nós três, por mais um momento repleto de mudanças deliciosas, cheias de boas novidades!!! Merecemos, vai?

Por isso é um começo de muita coisa! E que todas essas estreias venham com flores jogadas ao palco e plateia aplaudindo de pé! Tudo dando certo, se encaixando!

Mas é claro que assim como na passagem do ciclo "grávida e trabalhando" para "mãe de licença", fica um puta clima de despedida, com direito a lencinho branco na mão. Uma despedida das longas horas com o Dudu que serviam até pra não fazermos nada juntos, uma despedida de vê-lo acordar e mamar e dormir e mamar e acordar e brincar e mamar e dormir e etc, uma despedida dos passeios à toa no prédio com outros bebês, das idas repentinas a sacolões, padarias, supermercados, enfim, uma despedida do TEMPO. Isso, que hoje é cada vez mais raro e infelizmente não se pode comprar. E só quem um dia teve esse tempo entende perfeitamente o que é tê-lo. Mesmo em meio a fraldas, mamadas, sonos. Olhando com calma, vejo que eu tive muito tempo.

E nesse clima de despedida não tem como não ficar com o coração partido... Neste começo de noite o Dudu mamou comigo e brincou bastante. Quando vi que estava ficando com sono, aproveitei para pegá-lo no colo e fazer algo que raras vezes fazemos: embalá-lo. E passei bons vinte minutos com ele bem abraçadinha, andando pela casa com as luzes baixas e cantando para ele as músicas que marcaram a licença maternidade, principalmente a da Dona Aranha que subiu pela parede, mas veio a chuva forte e vocês já sabem da teimosia e desobediência dela. Dudu ficou quietinho, agarradinho, olhando pela casa. No final, só consegui pensar em algumas coisas para dizer a ele: agradecer pela maravilhosa surpresa que ele nos fez ao aparecer nas nossas vidas, por ser tão tão tão especial como é, dizer obrigadas infinitos por ele ter nos escolhido, e pedir, assim cochichando baixinho em seu ouvido pra ninguém mais escutar que "acorde de madrugada pra mamar, só hoje, assim você dorme até de manhã com a mamãe". =)

Sei que a saudade vai me corroer ao longo do dia, mas ao mesmo tempo vai me fazer ainda mais feliz no momento que chegar na escolhinha e vir o seu sorriso maroto. Por isso, por tantas mudanças positivas e importantes, sei que vem por aí mais um novo ciclo cheio de novidades e felicidade. Então, mesmo em clima de despedida, escancaro agora as portas para que tudo de bom e novo entre a partir de já. Valendo!

14 de maio de 2012

feliz dia das mães!

Antes de realmente ter me tornado mãe, apesar de sempre ter sido esse um grande sonho, nunca tive certeza que teria mesmo um dia um bebê. É engraçado porque tem um monte de coisas que a gente deseja e sabe que até é possível, mas até que elas realmente aconteçam a gente fica com a dúvida se realmente teremos essa oportunidade.

Com relação à maternidade era assim. Sempre quis ter filhos, mas nunca soube se aconteceria mesmo. Até que fiquei grávida e tudo começou a se concretizar. Mas, até aí, muita coisa pode acontecer e parecia um grande sonho ter um bebê em meus braços, um bebê meu que eu pudesse beijar o tempo todo. Mas não realidade. Achei que o bebê nunca iria nascer, a data nunca iria chegar. A gravidez das outras passa tão rápido e a minha pareceu ter durado uns 3 anos.

E foi chegando a data, mas ainda assim parecia que não ia chegar. Mas, de repente a bolsa estourou e me vi a caminho da maternidade, tipo "nossa, vou ter um bebê MESMO".

Realmente a maternidade aflora vários sentimentos nossos, principalmente o materno, claro, mas juro que estar grávida é totalmente diferente que ter o bebê aqui. Ficar grávida é legal, nos torna diferentes e nos dá muita inspiração. Prova disso são os posts que fiz nessa época e que acredito serem os mais emocionantes. Mas a oportunidade de finalmente tê-lo comigo é a melhor sensação, a melhor conquista, a mais pura felicidade.

Venho falando como o tempo tem passado rápido... e tem mesmo. Porque o maior tempo do mundo, na realidade, nunca será suficiente. Jamais.  E só a palavra "infinito", que descreve o amor de mãe, pode descrever também o tamanho do tempo que precisaríamos pra ficar juntinho deles. Tem onde comprar isso?! Tempo do tipo infinito.

Ontem foi dia das mães. O dia de muita gente, mas também o meu dia. Um dia me dado de presente pelo melhor marido que poderia ter e por um filho perfeito. Simples assim... não precisa de elogios, é perfeito. E só tenho a agradecer por finalmente ter um sonho que parecia distante e até incerto aqui comigo, não uma realidade apenas, mas um sonho vivido diariamente, com muito amor. Uma prática que nunca enjoa, mas pelo contrário, só vicia e você quer mais e mais e mais.

Obrigada, meu querido Dudu, por fazer que nos sintamos todo dia pessoas tão especiais, que mereceram ter você conosco desse jeitinho. Você é tudo (e mais ainda) que nós sempre sonhamos.

Um beijo infinito, com amor infinito,

Mamãe



1 de maio de 2012

muito feliz meio ano de vida!!!

Eu disse e repeti, repeti, repeti. E aqui está: o post de comemoração dos seis meses de vida do Dudu, do meio ano da mais pura felicidade. E, como está relatado em vários posts até aqui, sim, o tempo voou, passou e chegou.

A data de hoje traz o significado de como o nosso neném cresceu, evoluiu, e agora é um bebê super esperto. Mas também lembra que a licença maternidade - tempo que eu leio como "tempo exclusivo para o meu bebê" - e minha breve volta ao trabalho estão aí, batendo na minha porta, esperando eu abrir.

Esses últimos tempos tenho levado esse momento super bem... o Dudu começa na escolinha amanhã - entra em exatas 9 horas - e essa foi uma decisão que tomamos para que ele seja muito bem cuidado, observado e ensinado e também para que não exploremos as avós de plantão e contemos com elas quando e sempre que precisarmos. Mas, nesse momento estou com um aperto no coração... um aperto de saudade imensa e profunda, chega até a doer. Tem como apertar o botão "rewind"?

E não é porque não quero que ele vá para a escola. Não é porque não quero voltar a trabalhar. Nem por não querer pegar trânsito, ir em reuniões de pais, pagar as mensalidades, fazer papinha, madrugar, enfrentar o frio ou qualquer outra coisa. É porque quero que o tempo passe devagar. Isso é pedir demais?

Fomos pais sortudos, sei disso. O Dudu não teve cólica, não chora, fica sozinho no berço, dorme a noite toda desde os 2 meses, ganha peso e mama como um campeão, é risonho, simpático, esperto. E isso fez com que o tempo avançasse em velocidade ainda mais alta, permitindo sim que gravássemos em nossas memórias cada aprendizado, cada movimento, mas não deixando que este passasse na velocidade que queremos e, no fundo, que precisamos. Por mim, estes 6 meses seriam 3 anos, chegando depois desses anos no momento que estamos agora.

É... nosso bebê cresceu. O dia foi agitado, teve até bolinho... E depois de todos saírem, a rotina da casa seguiu como um dia qualquer: banho, brincadeira e cama. Não fosse a divertida, mas dolorosa, separação de materiais pro berçário, o que me fez parar para pensar - depois que ele dormiu - que em breve terei que passar horas e horas separadas deste serzinho que simplesmente é aquilo que é mais importante no mundo.

Medos são vários. Mesmo. Da tia da escola não ouvir chorar e pior, não saber o que ele quer - o que já estou treinada com louvor - de pegar um resfriadinho, de eu pegar trânsito e atrasar para pegá-lo no fim do dia. Mas, ao mesmo tempo tenho a certeza de que foi a melhor decisão que tomamos. E lembro que toda essa lamentação acima é minha e não dele. Ele provavelmente será ainda melhor por poder passar por tudo isso.

Pois é. Tudo são fases. E então, vamos parar de choramingar e dar as boas-vindas a essa mais nova fase: Dudu na escola, mamãe no trabalho e papai no trabalho novo. Abrir as portas para tudo isso com um imenso sorriso, pois isso é viver!!! Se tudo fosse exatamente como queremos, não teríamos desafios, emoções, etapas. Não cresceríamos. Não viveríamos. Tomar decisões difíceis e grandes como esta com certeza nos ajuda a crescer. Então, simbora. Vamos dormir que amanhã o dia começa cedo!

Dudu, depois de todo esse chororô (um dia espero que leia tudo o que escrevo aqui, porque foi feito para você), volto ao assunto mais importante do dia, aquele que dá não só o título, mas abre esse post: Parabéns, meu amor! Que sua vida seja sempre repleta de muita saúde e muita alegria! Uma vida plena, cheia e transbordada de amor e de felicidade! Nós, os papais, só temos a agradecer... por você nos ensinar esse novo tipo de amor, um algo infinito, por nos mostrar em cada sorriso que isso é a vida, que simplesmente por isso valeu a pena ter vivido qualquer coisa até hoje! Por nos mostrar de como tudo que é mais importante está nas coisas simples... e que você, com toda essa pureza, inocência e beleza, nos deu um novo norte e reformulou o que é a nossa essência. O que significamos ou queremos significar.

Com muito, mas imeeeeeeeeeeeenso amor,

Mamãe.