27 de novembro de 2011

alguém segura o tempo?

Essa semana o Dudu completa 1 mês...

Ahn?! Como assim? Mas já? Quem foi que deixou o tempo correr, melhor... voar desse jeito??? Que absurdo!

E eles crescem muito rápido! Já é bem notável o seu crescimento e ganho de peso... tanto nas horas de pegar no colo, arrotar... tudo mais pesado. Amanhã a pediatra comprovará tudo isso... E já está cabendo e muito bem nas roupas P - 1 a 3 meses.

Mais que isso... sua evolução foi tamanha desde que nasceu. Passou do "chora, mama, dorme - repeat forever" para intervalos com "vou ficar acordado mais de duas horas sim"; "quero observar o mundo - o que são essas luzes? o que tem lá fora? que cor são seus olhos, mamãe?".

Seus olhos abertos e atentos agora observam tudo, como se mapeassem onde está e quem o pega no colo. É incrível. Sorrisos, mesmo que ainda sem querer, combinados com esse olhar são maravilhosos!!


Sua força também está muito grande. No trocador, só falta mesmo virar, porque se empurra com os pezinhos e quase bate a cabeça na parede, e seus braços e pernas, ainda descordenados, têm derrubado tudo o que se encontra ali em cima: pomadas, rinossoro, hidratante, brinquedinho. O pescoço precocemente já fica durinho por vários momentos e as perninhas também, como se quisesse andar!

Ah! Esses dias também já completa uma semana que o Dudu passou a dormir no berço a noite... nas primeiras semanas usamos o famoso moisés, que dormia entre eu e o Thi. Agora ele já dorme no berço de dia e de noite... dá uma saudade, uma vontade de acostumá-lo a dormir entre nós dois!

Agora ele também já reconhece as vozes da mamãe e do papai... é impressionante o poder que temos para acalmá-lo, apenas falando suavemente com ele.

Pois é. Quando dizem "aproveita que passa rápido" estão falando a verdade. Quinta-feira o papai já volta a trabalhar - um mês de férias que passou como se fossem três dias - e será imensa sua falta aqui em casa... queremos sua companhia o tempo todo!!!

Por enquanto ficaremos por aqui. Agora deixa eu curtir meu filho antes que chegue o post de "Feliz Primeiro Ano de Vida, Dudu!".

24 de novembro de 2011

coisas que só mães aprendem

Provavelmente muito em breve terei ainda mais habilidades nunca antes testadas, mas aqui vai uma lista de tudo que só nós mães aprendemos a fazer quando ganhamos nosso bebê. Questão de necessidade, rs:

* mamães que quiserem contribuir, fiquem à vontade:

  1. agilidade em teclar no computador e celular com uma única mão - enquanto a outra segura o bebê mamando;
  2. enfiar algo em lugar que não cabe - cotonete no nariz de um recém nascido pra tirar meleca;
  3. oposto: passar algo pequeno por algo maior - golas apertadas de body pela cabeça dos nenês;
  4. conseguir ficar acordada por mais de uma hora seguida no meio da madrugada em cada mamada, em silêncio ou em frente da tv bem baixa;
  5. tomar café na hora do almoço, almoçar na hora do jantar e só sonhar com o jantar pois o sono é maior que a fome;
  6. simplesmente esquecer de escovar os dentes, (muitas) às vezes;
  7. deixar de tomar longos banhos;
  8. aliar-se aos elásticos de cabelo, já que se esqueceu do que é pente ou escova de cabelo;
  9. carregar um bebê junto com almofada de amamentação + fraldinha + cobertor + celular + copo de água e outros de uma única vez;
  10. deixar de atender telefonemas para simplesmente não acordar um certo alguém;
  11. aprender a cantar afinado e baixinho para ninar;
  12. não ligar para jatos de xixi ou cocô, mesmo que sejam diretamente na sua roupa ou pele;
  13. não achar nojento o cheiro azedo do vômito, nem do cheiro melado de leite na roupa;
  14. achar bonitinho e ficar feliz quando o bebê arrota, faz xixi e cocô;
  15. sentir saudades toda vez que ele passa só duas horas dormindo no berço;

E para ser melhor, o desafio é fazer a maioria das tarefas sem deixar o bebê chorar ou acordar!

Com emoção! Pensa que é fácil?!

21 de novembro de 2011

e quem depende de quem?

Receber esse pequenino nos braços foi indescritível. É engraçado como quase todos os dias eu e o Thi nos peguntamos:

Você tem uma noção que ele é nosso?
Que é metade de cada um de nós?
Que nós somos responsáveis por ele?

Quase não dá pra acreditar que isso está mesmo acontecendo... que apertaram o botão "valendo". Tinha horas que parecia que a gravidez não ia chegar ao fim... ou que não ia acontecer nada depois disso.  Sei lá, é como um lindo sonho, que parece que uma hora você vai acordar. Afinal, é mais que sonho... é perfeição.

E quando olho pros olhinhos dele, que ainda estão aprendendo a nos reconhecer, vejo toda a pureza que existe nesse mundo. Um ser tão pequeno que tem apenas as necessidades mais básicas... comer, dormir e ser limpo. E receber carinho. Só isso. E hoje, pra mim, não existem tarefas mais prazerosas que amamentar, limpar fraldinhas sujas, dar banho, ouvir chorar, embalar, fazer dormir... de preferência bem abraçadinho. E beijar muito e muito!

A gente se sente poderosa como mãe! Parece que só nós podemos salvar o mundo, afinal o nosso mundo agora são eles, os pequeninos. E é incrível ver nosso poder quando falamos ou os pegamos no colo e eles se acalmam ou, mais ainda, quando começam a mamar e parece que neste momento o mundo para e eles se sentem com tudo o que precisam. É maravilhoso!

E é tão bom perceber isso... perceber esse poder que nos é dado por algo mais que divino, que existe exclusivamente por eles serem dependentes de nós. Porque eles precisam dos nossos cuidados.

Que responsabilidade! E que responsabilidade mais gostosa essa!

No entanto, para mim hoje fica difícil pensar num estado diferente senão de dependência. Só que não dele, mas minha. Dependência de ele estar aqui para nós podermos viver tão plenamente... Mesmo sendo ele o pequenino que necessita dos meus cuidados, é o meu coração, alma e corpo que agora precisam dos cuidados do carinho dele para sobreviverem. Para ser feliz, para viver, respirar!

Então é por isso que hoje fica a pergunta: e quem é que depende de quem aqui?

16 de novembro de 2011

mistérios da amamentação

Quem acompanhou este blog desde o começo sabe que para mim um dos maiores tabus com relação à maternidade era a amamentação. Fora o negócio de sentir o bebê mexer na barriga.

Quanto à sentir o bebê, isso foi superado rapidamente... mesmo porque não há o que se fazer, certo? Com o tempo, essa se torna a sensação mais gostosa da gravidez e você até sente falta quando ele fica quietinho. Aí é só conversar um pouquinho com o nenê, chamar pelo nome, colocar uma música mais alta ou comer chocolate (excelente alternativa, rs) e pronto: eles se mexem como louquinhos. Uma delícia!!

Agora vamos à amamentação. Depois de umas 2 horas da cesárea, eu voltei para o quarto e ainda depois de 1 hora depois disso, o Dudu chegou - finalmente!!! E veio uma enfermeira trazendo ele, toda fofa e fez a pergunta que eu temia desde antes da gravidez. Chegou a hora agá: "Você já amamentou antes? Sabe como fazer? Já tem leite? Quer ajuda?". Pânico total... mandei todo mundo embora do quarto, só deixei o Thi ao meu lado.

Minha primeira resposta foi: nunca vi leite sair daí... Aí ela deu uma apertadinha no mamilo e ali estava!!! ME.DO. Era a hora do famoso "dar de mamá".

Como contei em um dos primeiros posts, eu e o Thi fizemos um curso para "futuros papais e mamães" e um dos assuntos mais explorados foi a amamentação. Porque é mesmo muito importante, todos sabemos. Lá aprendemos todas as posições que os bebês devem ser colocados, os benefícios para a mãe, para o bebê, para o bolso (rs), técnicas para tirar leite e etc. Mas na hora, deu um puta branco.

Só que essas enfermeiras estão lá pra isso mesmo e te deixam tão confortáveis que passa. Tudo passa. Olhar pra carinha dele e ver realmente a natureza de verdade: um bebê com fome, de boquinha aberta só esperando a mãe estabanada, e você PODER - essa é a palavra - ter ganhado o presente de poder alimentar o seu filho. E é por isso que tudo passa... faz qualquer coisa valer a pena. Mais que tudo!

Assumo que fui um tanto desajeitada pra coisa nos dois primeiros dias, mas o Dudu nasceu tão "prontinho" que já veio sabendo mamar, com a boquinha certinha. Dizem que os bebês que nascem antes da semana 37 - considerados prematuros - têm mais dificuldades. Bom, o Dudu nasceu com 38 e meia, parecendo 45. Rs!

Na última noite na meternidade já estava ficando craque. E somos mesmo! Minha obstetra mesma falou: quando vi ele mamando em você, parecia que você já tinha tido 5 filhos e ele, 5 meses. Amei!!! Que orgulho! Um dos maiores medos superados e com louvor!


Eu tenho muito leite. Mesmo! E o Dudu curte muito mamar! Acorda a cada 2h30 ou 3h e mama pelos seus 40 a 50 minutos... com direito a algumas siestas no meio disso... Mama 15 minutos, dorme 10, arrota e volta a mamar.

Hoje, amamentar se tornou minha especialidade e algo que me diverte e me "faz carinho". O Dudu ainda não passa muito tempo acordado e nesse momento ele não só fica acordado como me olha, passa as mãozinhas na gente, dá a mão e faz caras e bocas únicas! É um momento muito gostoso... e constante, que bom!

Para aquelas que têm o mesmo medo que eu tinha, não tenham. Peça ajuda para as enfermeiras e tudo dá certo... nada de bico rachado, pega errada, leite empedrado. Uma dica excelente pela qual eu não passaria sem é comprar as famosas conchas de amamentação - ajudam a formar o bico, não deixam nada em contato com a pele e por isso o peito tá sempre hidratado e não racha. Recomendo!

Então, aproveitem...! É uma sensação única, um momento só seu e do bebê - uma tarefa que, ufaaa, só cabe a nós, mães. Algo que ninguém toma seu lugar, substitui ou é mais importante - falou a mãe ciumenta. De resto, mesmo não querendo, você terá que - e vai - dividir seu filho com todos aqueles que ficam louquinhos para passar um tempo com ele.  =)

14 de novembro de 2011

hora do banho...

Que hora mais feliz?! Só se for agora.

Acho que de todas as tarefas referentes a cuidar de um recém-nascido, a mais complexa para mim ainda é dar banho. Nãõ porque seja algo que não goste de fazer, até é bem pelo contrário porque é nessa hora que o Dudu fica mais acordado, mas porque é complexo mesmo.

Tanto que na própria maternidade tivemos uma aula particular cuidadosa no quarto, para aprendermos a difícil tarefa. Primeiro, enrola todo o bebê na toalha - importante: ainda com fralda - deixando só a cabeça de fora. Aí primeiro você limpa o rostinho com algodão e a água morna da banheira... olhos de fora pra dentro! Quando acabar, lava o cabelo, com muita atenção - e pressão - pra não deixar cair uma gotinha naquelas orelhinhas minúsculas. Cabelo lavado... secar!

Aí sim você desenrola o bebê da toalha, tira a fralda e coloca na banheira. O ritual primeiro de cabeça pra cima e depois pra baixo não funcionou com a gente. O Dudu ama mesmo ficar de bruços, então começamos assim porque normalmente a primeira parte - cabelo - é a que ele mais chora. Talvez porque sinta frio. É só colocá-lo de bruços na água e pronto. Relax total. Aí que ele começa a curtir lambendo o sabão dos braços e batendo as perninhas.






Fácil nessa posição é acabar colocando a cara do nenê na água. Sim, maior dó, mas os descoordenados que se preparem! Bom aí lava aqui e acolá, esquenta primeiro o sabão na mão.... 5 minutos e está pronto. Aí começa o choro... Uma guerra de leve pra limpar o umbigo, passar pomada de assaduras e colocar a fralda com o bebê um pouco chateado... ele queria ficar na água! Seca tudo bem direitinho, principalmente as dobrinhas para que não assem, coloca a roupinha, seca mais um pouco o cabelo, penteia, E passa cotonete na orelha!


Que trabalhão!!! Mas depois de tudo isso fica uma delícia... hora de amamentar de novo e o bebê é só seu, cheiroso, calminho e relaxado. Depois, boas horas de sono!



No "chique ofurô" (balde) o trabalho é menor porque a intenção nem é dar banho mesmo, mas deixar o bebê mergulhado algum tempo ali para relaxar quando está entediado, com cólica e etc. O Dudu amou... é impressionante... basta você colocar na água e silêncio totaaaaal. Recomendo!


Há pouco mais de 1 hora demos o banho no Dudu e hoje, pela primeira vez, ele não chorou em nenhuma etapa! Nem na do cabelo, que ele costumava não gostar. É, ele já está crescendo...


11 de novembro de 2011

primeira consulta ao pediatra

Hoje o Dudu já completou 10 dias! Caiu o umbigo. E a mamãe aqui já está achando que o tempo está passando rápido demais... e tem medo de ele crescer muito rápido. =/

Ao mesmo tempo, sei que a cada dia novas surpresas aparecerão. Hoje, por exemplo, ele ficou quase 1 hora e meia acordadão, na cama da vovó Graça... só olhando ao seu redor, observando...  lindo! Parecia até um bebê mais "experiente".



Ontem, fomos à nossa primeira consulta ao pediatra. Escolhemos uma do convênio mesmo, porque as indicações que recebemos não atendiam o nosso plano médico. O comentário dela, assim como de quase todo mundo, foi de como o bebê é lindo e como já "nasceu criado". Como são só 10 dias de vida, não foi medido se ele cresceu, mas o peso estava exatamente igual ao que ele nasceu: 4,205 Kg - ou seja, ele já recuperou o peso que tinha perdido no tempo certo.

A doutora falou que ele está ótimo, a icterícia já está pouca... mas recomendou a continuação dos banhos de sol antes das 9h ou depois das 17h, para que ela possa baixar ainda mais. Depois de amamentar logo cedinho, papai que leva ele para tomar sol...

Voltaremos lá agora só no final do mês para acompanhar o crescimento. Como ele tomou as 2 primeiras vacinas na maternidade - hepatite B e BCG - só tem que tomar a próxima com 2 meses, ou seja: ano que vem!

Uma coisa que descobrimos recentemente é que, como toda criança, o Dudu adora andar de carro. Basta alguns metros e ele já está dormindo, capotado... a ponto de termos que lembrá-lo de acordar para mamar.

Hoje é um dia lindo: 11/11/11, ele teria completado 40 semanas de gestação ontem. Mas fico tão feliz por já tê-lo ao nosso lado... é a melhor coisa do mundo estar com ele. Não consigo imaginar algo melhor nessa vida.

8 de novembro de 2011

meu pequeno relogio

Dudu hoje já completou 1 semana. Como passa rápido!

É sempre assim... quando algo está muito, muito legal, o tempo voa. Infelizmente. Aposto que se o Dudu resolvesse nascer no dia 2 ou 3, ainda seria dia 1. Mas ele nasceu dia 1, então hoje já é dia 8! Confuso, mas real.

Mesmo tão pequenininho, ele tem sido um bebê super calminho, tranquilo. Chora muito pouco... resmunga quando está esfomeado, briga um tanto conosco quando sai do banho, mas por enquanto é só.

E já entrou no esquema de horários, aqueles dos livros todos de maternidade. Eu, em particular, li por inteiro o livro Nana Nenê, que ajuda os pais a criarem regras para que os bebês acostumem com horários de mamadas e sono. E não é que o Dudu já entrou no esquema? Vamos ver se conseguimos seguir...

Ele mama suuuuper bem, por volta de 40 a 50 minutos... fica um pouquinho acordado e capota. Daí, acorda depois de 2h30 a 3h30 para mamar. Mas quase sem choro... só resmunga.

Na maternidade, todas as enfermeiras comentavam como ele era tranquilo... ganhou até dois banhos no quarto, quando eles só dão um, porque uma das enfermeiras falou que "estava com o horário mais tranquilo e poderia dar o banho no quarto naquele dia, ao invés de levá-lo para o berçário" - se quiséssemos. E até parece que não! Rs!

Na última noite, ele teve que ficar no banho de luz por causa da icterícia, mas eles normalmente levam o bebê pro berçário porque eles se incomodam com o calor, choram, e os pais ficam pegando no colo no quarto. Mas falaram que podíamos tentar... e mais uma vez o Dudu mamava e dormia com seus lindos óculos escuros e não estava nem aí pra ninguém!

Então por tudo isso e simplesmente por ser lindo demais, deixo aqui registrado que ele fica com um crédito para uma boa bagunça no futuro - e os tios babões poderão me lembrar disso mais para a frente.

Na quinta-feira vamos à nossa primeira consulta do pediatra! Vamos saber se ele já cresceu e ganhou peso!!!  =)

7 de novembro de 2011

minha maior inspiração

Dudu,

Por mais que pareçam poucos os dias que estamos juntos - agora você tem apenas 5 dias e meio - você já se tornou o ser mais especial das nossas vidas. Você mal chegou, mas já mudou tudo, assim de uma só vez. E mudou tudo para muito melhor, para um jeito que jamais poderíamos saber como seria... superando todas as nossas expectativas. Fazendo-nos sentir mais que especiais.

Como pudemos ser escolhidos por você? Que sortudos somos! Como contei no começo desse blog, a gravidez foi mais que uma surpresa, boa é claro, mas tornou-se cada dia mais importante e hoje é fundamental. Essencial para que nossas vidas pudessem estar tão plenas, completas... mais que perfeitas!

Na maternidade, pudemos ficar com você quase o tempo todo. No parto, fui a última a te ver - todos os médicos, o papai e até a família pelo vidro da sala de cirurgia puderam te ver antes e mais do que eu. Os poucos minutos que você ficou encostadinho em mim assim que nasceu, já todo cheiroso, serão inesquecíveis. Mas não me bastaram... as horas na recuperação me pareciam infinitas. Uma hora você era só meu e estava dentro de mim... de repente te levavam e me deixavam assim abandonada? Pensava se estava tudo bem, se estavam cuidando bem de você no berçário.

Quando cheguei no quarto, você ainda não estava lá. Que demora infinita! Quando chegou, mal podia esperar pegar você no colo, olhar cada pedacinho seu e dizer: "Seja muito bem-vindo a este mundo, meu filho. Você é muito esperado e amado, e agora é a nossa vida". A primeira mamada foi um tanto estabanada, mas acabamos mandando muito bem! Todo o tempo você ficava conosco no quarto, mas todas as manhãs levavam você às 6h e devolviam lá pelas 10h - somente após a consulta com a pediatra. Novamente: que horas infinitas!!! Quando você voltava ao quarto, os corações do papai e da mamãe já estavam apertadinhos, apertadinhos de saudades. Chegava até a doer.



Hoje temos você todos os segundinhos conosco, mas até quando você dorme, fico com saudades e ansiosa para você acordar para a próxima mamada. A vontade que dá é de ficar com você no colo bem aninhadinho o tempo todo, se possível bem pertinho do nosso rosto para beijar e beijar você. Mas sabemos que você não será nosso... mas do mundo. E temos que tentar praticar isso desde já. Por isso, colocamos você no berço para dormir, compartilhamos o carinho que o seu colo faz com outras pessoas. Mas cada segundinho desses até aperta nosso coração.

Sim, eu sei... que mãe mais boba! Mas o que eu posso fazer? Não consigo evitar!!!

Tudo o que não chorei com os hormônios na gravidez estou chorando agora. De amor e de emoção! O papai é testemunha. Choro admirando você dormir, mamar, fazer cara de exausto pós mamada, vendo você ser tão amado e bem cuidado pelo seu pai... choro de tristeza se você chora e não sabemos o porquê e quando você era picado na maternidade pelas vacinas e testes de glicose. Você não chorava, mas eu sim! Ai, que boba!

Se eu compusesse letras de música, você já teria ganhado umas 10 canções. Se fosse arquiteta, já teria algumas novas obras a caminho. Se fosse pintora, quadros estariam pintados por toda a casa. Mas sou apenas a sua mãe agora. Minha profissão mais esperada... e que será para a vida toda. Aliás, além dela também, eu espero... assim como o tempo que eu ainda quero passar com o papai: o sempre. E existe melhor profissão nesse mundo que esta? Certeza absoluta que não!

Esta carta que eu escrevo para você hoje é por já te amar tanto e sentir que você deu outro significado para nossas vidas. E para deixar registrado, desde já, que sou uma mãe bobona e chorona. Então vá se acostumando.

Espero que você cresça beeeem devagarinho, que os dias passem bem lentamente - apenas rápidos devem ser momentos que você esteja com dor ou chateado. Todos os outros devem ser longos o suficiente para que não passem. Rs... Pode? Afinal, são só 5 dias e meio... mas já sinto saudades de você exatamente assim, tão pequenininho.

Com muito amor, da mamãe.

6 de novembro de 2011

conversa de pai pra filho

E uma mamãe chorona às 6h43 - dia 04/11.

Assim que termina o quase primeiro dia em casa com a família formada: papai, mamãe e filhinho.

4h30 - Dudu acorda, mas somente com seus olhinhos abertos e atentos - sem choro, pede: "mamãe, tá na hora de mamar!". E estava mesmo, passavam 3 horas da última mamada.

Por longos quase 50 minutos ele mamou e mamou. Não bastasse mamar todo o leite do peito esquerdo - que vamos combinar que é muito e dá pra mamãe "dar e vender" - vendo que o filhinho não se contentava e pedia mais, mamãe passou o nenê para o lado direito. Mas de repente, ele pediu mais.

Ainda não entendemos muito bem dessa liguagem dos bebês, principalmente os recém-nascidos, mas estava na cara que era algo além da fome. Não podia ser fome!

Depois de umas caras de ameaça de choro, o nenê começou a chorar e o papai decidiu: não vai mais mamar. Pegou ele no colo pra ajudar a mamãe que ainda está bastante cansada e com um pouquinho de dor, e, com um talento nato, começou uma conversa que não podia acabar de outro jeito: um papai carinhoso, um bebê sem dor e feliz e uma mamãe boba de tão apaixonada por esses dois seres tão especiais.

A conversa foi um tanto longa, de quase uma hora, principalmente para um bebê que ainda só consegue corresponder com caras, choro e bocas. Mas é aí que a gente vê e sente o que é o amor. O que é a felicidade. Do que valeu e ainda vale ter vivido até hoje. Essa cena com certeza valeu meus mais de 30 anos!  

No final da conversa, depois de umas últimas retorcidas de dor de barriga, o Dudu caiu no sono com o tom de voz calmo e paciente do papai. E minha reação foi boba, mas extremamente sincera. De repente, o Thi olhou pra mim e perguntou: "você tá chorando?". Quando vi, estava com a cara toda inchada e ensopada de lágrimas. "O que foi?" - e minha resposta é que essas eram lágrimas cheias de orgulho, felicidade. Me sinto realmente sortuda e completa.

Finalizo o post me sentindo mais que abençoada. Pelo filho tão maravilhoso, cheio de saúde e perfeito que eu ganhei e por ter alguém tão especial para me ajudar a cuidar desse anjinho.

Assim como o post O pai que eu escolhi pro meu filho, afirmo mais uma vez: esse é o pai que eu escolhi para o meu filho!

Foto feita na sequência dessa cena linda:


5 de novembro de 2011

a você, todo o meu amor!

observação aos preguiçosos: este post será mais largo que todos, afinal, narra o dia mais importante das nossas vidas: o dia que o Dudu resolveu vir ao mundo! sozinho!

Contrariando todos os médicos e a favor dos pensamentos da mamãe, Dudu "chegou chegando", escolhendo a data e hora que queria nascer!

Como muitos têm acompanhado, Dudu completaria 40 semanas no dia 10/11. E bebês nascem normalmente até a semana 42. Tudo bem... ele era grande demais e não poderia nascer de parto normal, teria que marcar a cesárea e antecipar um pouco para 38 semanas, ou 39. Mas a mamãe aqui estava um tanto que triste em ter que escolher uma data... porque essa era a primeira escolha que caberia a ele até agora e eu queria que ele a fizesse.

Primeiro, marcamos uma cesárea para o dia 07/11, próxima segunda-feira, na qual ele estaria com 39 semanas e alguns dias. Aí a mesma foi antecipada provisoriamente pro dia 5 e depois passou pro dia 4. A médica e amiga que iria nos acompanhar nesse dia não poderia e então foi fechado oficialmente: seria dia 03/11, às 20h, na Pró Matre. E assim foram os documentos passados para a maternidade e para o convênio médico.

No dia 31/10, fui fazer os últimos exames para o parto: cardiotocografia (pela segumda vez), que monitora por 20 minutos os batimentos cardíacos e movimentos do bebê + as contrações da mamãe, e um ultrassom com doppler + biofísico fetal, para ver as condições do Dudu dentro do útero. Falamos com a médica e estava tudo perfeito, no entanto ela falou ao final:

"A senhora está sentindo dor?
- Não...
Ah... porque você teve duas contrações... e como o bebê está grande, ele pode querer nascer essa semana.
- Ahhh... nem senti. Mas tudo bem, o parto dele está marcado para esta quinta-feira."

E atendendo aos pedidos da mamãe e chegando já com muita personalidade - como tem que ser - algumas horas depois me senti um tanto que molhada a noite. Mas pensei que não deveria ser nada de demais...

Costumeiramente, no final da gravidez estava indo a cada 1 hora ao banheiro fazer xixi. Pois no dia 01/11/2011 - data mais linda - perto das 5h da manhã fui fazer xixi, mas ao me levantar senti a calcinha um pouquinho mais molhada. Talvez fosse xixi mesmo, muita gente com esse barrigão acaba perdendo um pouco de "controle" e apesar de eu nunca ter sentido isso, achei que fizesse sentido.

Às 5h20, senti vontade de fazer xixi de novo. E mais um pouquinho molhada. E de novo às 5h40. Aí comecei a pensar que talvez tivesse algo errado e achei melhor ligar para a médica. Voltei pra cama, acordei o Thi calmamente com uns beijinhos e falei baixinho que estava me sentindo molhada. Ao sentir, ele falou: "você está bastante molhada!". Bom, bora ligar para a médica...

Mas antes mais um xixi... e agora, bastante água. Liguei e contei o que tinha acontecido e ela falou que poderia ter estourado a bolsa, que era melhor irmos para o hospital e que me ligaria para dizer a que horas chegaria lá. Nisso, lembrei dos conselhos de todos os sites de maternidade e fui com calma tomar um banho rápido para colocar um absorvente que desse até o hospital. E... ao entrar no chuveiro começou a cair tanta, mas tanta água e já não sabia qual seria a soma de absorventes que daria conta do recado. E o Thi viu.

Ave! Liga para as mães! Correria total e um pouco de pânico! O Thi passando de um lado para o outro da casa tentando pegar tudo o que precisaríamos: mala do nenê, documentos, mala da mamãe, pasta dos exames do pré natal, lembrancinhas, enfeite de porta, câmeras, agenda... Ao mesmo tempo eu pensava o que faria com tanta água. Nosso diálogo eufórico era: "pegou isso?", "e aquilo?", "thi, que calça eu coloco?", "como faço com tanta água?". A gente não estava assim tão preparado! Era para o dia 3 ou não era?!

Por mais longo que parecesse esse tempo, umas 5h50 estávamos dentro do carro, o Thi dirigindo e eu com 2 toalhas brancas enroladas no meio da perna.

Chegamos umas 6h20 na Pró Matre e um segurança veio me buscar de cadeira de rodas para eu não dar tanto trabalho assim para o pessoal da limpeza. Me levaram para uma sala do pronto socorro para exames, onde fiquei quase uma hora passando pela análise de umas 3 enfermeiras e 1 obstetra. Todos super gentis, me deixaram calma. Primeira coisa foi tirar a roupa - que estava ensopada. Aí me colocaram os aparelhos da cardiotocografia novamente para monitorar o bebê neste tempo. Tudo OK. Sem dilatação, não estava ainda em trabalho de parto, mas definitivamente a bolsa estava "rota" e eu estava perdendo o tal líquido amniótico. Para mim, em 30 minutos ele nasceria, mas explicaram que ainda teria muuuuuuito tempo para o bebê nascer. Lembrei a todas das recomendações da minha médica: que deveria ser cesareana porque o bebê era grande, tinha pesado 4,200 kg no dia anterior. "Quatro kilos? Posso ver os exames? Nossa!!".

Nisso, o Thi abria a minha ficha e a Pró Matre entrava em contato com o convênio. E eu torcendo para que o nosso amigo Fernando pudesse ser o anestesiologista do parto - o celular dele dava só caixa postal - e para que houvesse quarto, para não termos que ser transferidos. E em uma hora me disseram que estava tudo sendo aprovado e fui para uma sala tipo dessas de emergência de hospitais, que têm vários leitos fechados por cortinas. Aí já tinha um monte de gente na maternidade conosco: avós, tio Gustavo, tia Vivi, nossas tias Ana e Olga e nosso amigão, o Seiji. A situação: mamãe aqui praticamente pelada - aqueles aventais não dão pra nada hein?! - perdendo montes de líquidos e uma festa dentro da pequena cortina. E não era pra ser uma festa?!

A doutora Flavia, atenciosa o tempo todo, ligava a cada meia hora perguntando como eu estava e dando a situação dela. Falou que já tinha conseguido a sala para o parto e que aconteceria às 11h. Essa doutora! Ela soube o quanto eu gostava de números ímpares e a hora deve ter sido intencional.

Perto das 10 horas, conhecíamos mais uma enfermeira - todas extremamente fofas e atenciosas - que já me deixou a roupa da cirurgia, pediu para eu me trocar e me passou quais seriam os próximos passos. Perto das 10h30 subiríamos para a sala de cirurgia!!!

Ficha ok, convênio ok, avental ok, Dra. Flavia chegando e Dr. Fernando (Imbê) chega para dar um grande e feliz OI + estou aqui para fazer a anestesia do seu parto. Não poderíamos ficar mais felizes!! E em poucos minutos conheceríamos finalmente a carinha do nosso tão amado filho, o Eduardo.

Como previsto, subimos para a cirurgia umas 10h30 e às 11h32 do dia 01/11/2011 ouvimos o primeiro choro do Dudu, o mais lindo som que ouvi em toda a minha vida!!! O papai acompanhou tu-di-nho e até conseguiu filmar - sem desmaiar - a horinha exata dele saindo da barriga. Do lado de fora, a tia Vivi também filmou tudo - inclusive o que não percebemos do lado de dentro da sala: o Dudu era tão grande que foi difícil de tirar... as vozes do lado de fora passaram por uns 2 minutos de sufoco. Mas, enfim, o alívio.

Cheio de vida, força e personalidade, Dudu chegou ao mundo em plena primavera, em uma data maravilhosa, com médicos que foram maravilhosos e fizeram toda a diferença para que já no dia seguinte a mamãe estivesse andando pra lá e pra cá recebendo as milhares de visitas que estavam ansiosas para conhecê-lo e já começar a amá-lo.

Hoje já estamos completamente instalados em casa - há exatas 24 horas - com direito a fraldinhas de xixi e cocô trocadas, roupinhas sujas, muitas mamadas, xixi na mamãe e no papai e até banho dado na banheirinha dada pela tia Vivi! Os papais aqui estão se esforçando - e modéstia a parte, se superando como pais de primeira viagem -. Agora, acabamos de chegar de um passeio ao sol, que deu direito a estrearmos o lindo carrinho dado de presente pelo titio Gustavo e trazido com muito amor pelos titios Camila e Gabriel.

Pode parecer cedo ainda, mas esses quatro dias já se tornaram os mais importantes da minha vida e a minha vontade é sair gritando para todo mundo ouvir que ser mãe é a coisa mais importante que poderia ter me acontecido. Tudo já mudou e para muito melhor. Não há comparação com nada nesse mundo.

O Dudu, que já era muito amado, agora é ainda mais. E o meu amor em específico - e imagino que o do Thi também - hoje é sem igual. Sério mesmo... não existe tamanho, não existe palavra, não há como descrever o quanto já amamos esse menininho... o quanto estamos dispostos a fazer por ele. Já me pergunto: como pude viver tanto tempo sem ele?!

Para não deixar só o gostinho na boca, vamos colocar aqui algumas fotinhos desses dias e, claro, o vídeo do Dudu estreando cheio de talento neste grande mundo! Um super e feliz beijo, da mamãe mais feliz desse mundo!!!

link vídeo nascimento - em breve!


Primeiras fotos:


- primeira foto - vidro sala cirurgia


- primeira foto da família - sala de cirurgia


- foto com papai - sala de cirurgia

- foto no colo da mamãe - segundo dia

- foto com papai - segundo dia


- foto com olhinho aberto - segundo dia


- foto banho de luz - terceiro dia


- foto mamando - quarto dia e já em casa!!!


- foto cansaço pós mamada - quarto dia e mais recente