porque mãe é mãe!

Mãe não pode ter nojo. Nem nojo de meleca, pereba, vômito, xixi ou cocô.

Mãe não pode ter aflição de umbigo, machucado e moleira.

Não pode ter medo de limpar mini-nariz, mini-orelha, cortar mini-unha, de segurar bebê molinho no banho, de deixar cair. Também não pode ter mais medo de escuro ou de fantasma.

Mãe também tem menos direitos. Não tem direito de dormir mais que algumas poucas horas seguidas, de tomar banho mais demorado, de comer tranquilamente, de não passar alguns minutos sem se preocupar.

E mesmo assim, toda mãe ama ser mãe. Ama levar todo dia muitos desses nãos. Porque cada um deles, na verdade, vale mais a pena que todos os "sim". 

Só quando a gente é mãe é que, de repente, a gente não se importa em não sair de casa nos três primeiros meses, de levar uma mijada ou uma literal cagada na roupa que acabou de colocar pra sair, de ter baba ou vômito no ombro e cabelo todo dia e que, com toda paciência do mundo, a cada um desses fatos olha pro bebê calmamente e sorri. Simplesmente por ele estar ali, não importa fazendo o que.

Só quem é mãe chora ao olhar o bebê com 1 mês e imaginar que um dia ele poderá fazer um intercâmbio ou arranjar uma piriguete que o levará embora de casa. Só quem é mãe fica com peso na consciência em pensar em dar uma mamadeira quando tem leite nos seios. Só nós é que colocamos o bebê pra dormir no berço e em 30 minutos já estamos morrendo de saudades e vontade de arrancá-los de lá e ficarmos com eles no colo.

E é por isso que, como dizem, mãe é mãe. E só mãe é MÃE... um personagem amado, idolatrado - ó salve salve! Praticamente um mito. Quase folclore. Platônico. Super-humano, super-herói!

Então, a todas as já mães - e à minha - e àquelas que, como me falam, têm "o sentimento maternal aflorado com meus posts" e que espero tornem-se um dia mães, VIVA 2012!!! Um ano bem apertadinho com os nossos pequenos, esses que nos trouxeram um novo sentido para a vida, cheio de fatos tão lindos e gratificantes - mesmo em meio a melecas. 

Feliz Ano Novo!

carta para o Papai Noel

Querido Papai Noel,

Antes de pedir, quero agradecer. Porque, por mais que eu "tenha esquecido" alguns dos meus pedidos na cartinha do ano passado, você não se esqueceu de nenhum presente e trouxe, este ano, a nossa mais feliz e importante surpresa, o melhor presente que nem em sonho bom poderíamos imaginar.

Sim, nossa gravidez pode ser considerada inesperada. Mas foi amada, querida, abençoada em todos os segundos dela... e não só por nós dois, papais, mas por toda a família e uma penca de amigos.

Por isso, quero agradecer. Claro que em primeiro por nos trazer esse "pacotinho" de uma maneira tão surpreendentemente boa, em tempo tão preciso, tão perfeito. Um menino lindo, com saúde pra esbanjar, tranquilo e super feliz - cheio de sorrisos. Para mim, saúde e felicidade eram imprescindíveis - além do olho puxado, claro - e você atendeu a cada um desses pedidos. Junto com isso, por termos sido amados e posso até dizer mimados ao longo das 37 semanas e 5 dias de gestação... por cada beijo que recebemos na bochecha, testa e barriga, por cada abraço apertado, por cada lágrima derramada de emoção, por cada palavra e afago feito ao nosso pequeno quando ele ainda era apenas um bebê dentro da barriga. E, não poderia esquecer também de agradecer pelos privilégios de gestante e por tantas filas furadas.

Junto com esses fatos, agradecer por muitas consequências de tudo isso: trazer tanta felicidade para quem amamos, um brilho diferente na vida de muitos e, quem sabe, uma certa esperança. Porque a pureza de toda criança renova, traz ares diferentes e muita esperança. Por promover a união... em tantas festas merecidas para o Dudu, que juntou todo mundo numa sala só para se divertir, por dar mesmo um nó na vida do papai e da mamãe que nunca mais poderá ser desatado - e em suas famílias - e, também, por fazer com que nós, primas, estejamos ainda mais próximas, só não irmãs por não morarmos juntas. E por conta disso conseguirmos reunir todos no Natal. E, como não citar, pela licença maternidade!!!

Também dizer o meu "muito obrigada" por multiplicar minha família - à parte do amado Dudu - de uma maneira tão inesperada e, porque não, muito surpreendente. Ganhar um irmão a essa altura do campeonato nunca foi exatamente uma intenção ou pedido, mas não há como não dizer o quanto estou feliz. Aliás, falando ainda como grávida, estamos, porque não sou só eu quem ganhou nessa história.

Então, para ser breve, esta carta fica 90% no agradecimento e 10% no pedido. Um pedido para que todos esses bons sentimentos se multipliquem todos os anos e que tantas boas surpresas - e não exatamente pedidos - sempre apareçam para renovar, fazer diferente e surpreender!

Afinal, ganhar um presente que pedimos é muito bom. Mas, ganhar um melhor do que aquele que pedimos é simplesmente incrível!

mais lindo sorriso sem dente

Ontem o Dudu já completou 1 mês e meio... e vou repetir uma vez mais: como o tempo está voando! Embora novinho, ele já fez tantas evoluções... é impressionante como de repente muda, aprende uma nova coisa.

Há duas semanas ele começou a firmar seus olhinhos no rosto da mamãe e do papai, como se já nos reconhecesse. Assim como se acalma quando ouve a nossa voz ou fica no nosso colo. É tão gostoso!

Nesta última semana, esses olhares já passaram a acompanhar os brinquedinhos... para lá e para cá.

Embora filho de pais relativamente pequenos, ele já está vestindo as roupinhas de 3 meses!!! Uma mais linda que a outra e a mamãe aqui até tem tentado tirar foto cada vez com uma roupa, porque você pisca e ele não cabe mais! No seu primeiro mês completo, já tinha ganhado 5 cm! Como pode??

Além disso, quer dar uma de bebê grandão. Tem passado horas e horas acordado durante o dia... claro que sem brincar ainda, então fica meio entediado e chatinho mesmo... mas não prega o olho! A mamãe fica com sono, louca pra dormir e ele ali... com os olhos estatelados! O lado bom disso é que ele também tem dormido mais a noite... de 4 a 6 horas seguidas! Que bebê mais bonzinho! A gente fica até preocupado e vai no berço a cada meia hora pra ver se está tudo bem. Mas é fato: ele já está crescendo.

Agora, não há nada mais lindo e gratificante que ver que na última semana ele aprendeu a dar sorrisos!!! Não mais aqueles sem querer, mas sim aqueles de verdade. Coisa mais linda desse universo!

Às vezes é por causa da voz que você faz, ou com uma cor que você está vestindo, com seu cabelo, e hoje com o papai, com o ventinho de verão que soprava...

Cada segundinho está sendo tão especial... ainda mais agora, que toda vez que acorda solta seus sorrisos e enche a casa e o coração de qualquer um de alegria, de paz! Sério... qualquer problema passa, qualquer tristeza desaparece!

E quando chegarem as gargalhadas a mamãe irá chorar, certeza!

Já estamos na contagem regressiva para o primeiro Natal e a primeira entrada em um novo ano com o nosso filho. A família toda está! Ele com certeza foi a coisinha mais preciosa que poderíamos ter ganhado, o presente mais maravilhoso e perfeito que poderíamos ter recebido. Agradeço todos os dias por tanta felicidade... por ter tido a sorte de merecer esse serzinho para cuidar e educar. O ano de 2011 com certeza vem em primeiro lugar... o ano mais louco, mais cheio de mudanças e o mais feliz que poderia existir!!!

Filho, Eduardo, Dudu: muito obrigada por ter aparecido em nossas vidas. Foi, com toda a certeza, a surpresa mais linda que a mamãe e o papai poderiam ter. Em toda a vida!

Você já se tornou a razão da nossa existência, o motivo de estarmos aqui, juntos! Amamos muito você!!!

a acrobacia das tetas

Ser mãe é maravilhoso, mesmo que esse seja um trabalho de carga horária ainda sem nome, que vai além do tipo integral.

Mas. Sempre tem o "mas". Mas aposto que não só eu fiquei entediada de passar tanto tempo dentro de casa. O problema não é o cuidar do bebê, mas ficar sem poder tirar a fuça pra fora da porta.

Ultimamente ando louca por um "bater de pernas"... acho que os tops estão entre bares, restaurantes e passeios como Benedito Calixto, mas sei que em breve tudo estará liberado.

Soma-se a isso o fato de eu não querer mais usar minhas roupas de antes da gravidez. Engraçado... quando estava com as chatíssimas roupas de grávida, não via a hora de poder voltar a usar minhas roupas... No entanto, outro dia abri a "caixa de pandora", a mala que eu guardei a maior parte das minhas roupas de magra para trocá-las com as de grávida - estas que não quero ver por pelo menor 2 anos - e me deu uma broxada louca... deduzi que não quero usar mais nenhuma delas. Nem as antigas, muito menos as de grávida!

E agora, como é que faz? Dá-lhe grana pra comprar muita roupa...

Aí, aproveitando que minha amiga Marina viria me visitar na terça a tarde depois de sua longa e linda viagem pela Austrália, pensei que pudéssemos dar uma breve volta no shopping que tem aqui do lado de casa. Breve mesmo... duas calças jeans novas, umas duas ou três blusinhas, um vestido e tudo certo. Só que sem o Dudu! Medo...

O bom é que é tão perto de casa que seria só o Thi ligar e em 10 minutos estaria aqui de volta... o tanto que se consegue enganar o Dudu com a chupeta.

Pois bem... tudo pensado e planejado e tive uma última e excelente ideia: deixar uma mamadeira de leite pro Dudu, só pra garantir. Porque na real é essa a dependência dele... a mamadeira ambulante que ele tem só pra ele. E fui lá eu...

Me preparei psicologicamente, esterilizei a mamadeira e na mamada da tarde, enquanto ele mamaria no esquerdo, eu tiraria - corajosamente: manualmente, sem bomba - do direito, que é onde tem mais leite.

E começamos a saga... só que foi uma coisa tão atrapalhada, engraçada, sem jeito... do lado esquerdo, eu tentava segurar o Dudu com um único braço - e vamos lembrar que ele é bem pesado e ainda mole, o que eleva o nível de dificuldade para "advanced" - e com os movimentos deste mesmo braço, levava a boca dele ao mamilo, que escapava de vez em quando. Entre as perninhas dele e a minha barriga, apoiei o pote onde guardaria o leite - torcendo para o nenê não dar aquelas espreguiçadas malucas e fora de hora - e na mão direita tentava me auto-ordenhar como uma vaca.

Puta coisa difícil! Depois de longos 30 minutos de mamada e 40 de tira-leite, consegui tirar escassos 65 ml. Hahaha...! Mas juro que é bastante pra tirar com a mão! Assumo que, se não fossem as diversas esguichadas que errei o pote e acertei cara, pernas e roupa do bebê, conseguiria uns 80 ml. Mas já dava pro gasto!

E no fim, não é que deu tudo certo? - à parte das roupas novas. Saí às 19h30 de casa e voltei lá pelas 22h. Neste intervalo o Dudu acordou, o Thi esquentou o leite e deu pro Dudu. Sorte que ele tava cansado... pegou na mamadeira de primeira e já começou a fechar os olhinhos... mamou tudo em um minuto e pegou no sono. Ufa!

Já a mamãe não conseguiu comprar absolutamente nada... o que gostou não tinha tamanho, o resto era tudo feio... muito sem novidade. E voltei pra casa apenas depois de um milkshake de ovomaltine do Bobs. Isso valeu a pena! Assim como simplesmente sair de casa e lembrar que antes de mãe também sou um indivíduo com suas próprias necessidades - mesmo que desta vez fúteis, como meras roupas novas.

feliz 1º mês (das nossas) vida (s)!

E não é que já chegou o dia de completarmos o primeiro mês com o nosso tão esperado Dudu?! Hoje, exatamente às 11h32. E parece que faz tão pouco tempo que tudo aconteceu... a viagem ao México, a Porto Alegre, o atraso da menstruação, a suspeita, o teste de farmácia, as duas linhas vermelhas paralelas, a ligação pro Thi, o nosso forte abraço confirmando que estávamos prontos pra isso. E todos os zilhões de hemogramas, testes de urina, ultrassons... coraçãozinho, mãozinha, perninha, narizinho, boquinha, pintinho! Eba, é menino! Os primeiros presentes... roupinhas, sapatinhos, brinquedinhos e por aí vai.

Nem se fala então de como parece que foi ontem que decidimos pela cor do quarto, pela decoração, móveis, que organizamos o Chá do Dudu - badaladíssimo e cheio de pessoas especiais - e os últimos preparativos.

E mesmo tão preparados - mesmo que de última hora no quesito malas de maternidade - ainda assim nos pegou de surpresa! A frieza de marcar a cesárea foi exterminada quando ele resolveu dar o sinal de QUERO NASCER MÃE! Puf! Estourou a bolsa e nasceu no dia mais lindo: 1/11/11. Tudo ímpar, como a mamãe gosta... Rs.

Nada será mais marcante que este momento, que este dia, que este fato... talvez só as vindas dos irmãozinhos, que serão também especiais. Mas só. Não há comparação desses nossos últimos dias com todo o resto de nossas vidas! Mesmo com algumas horas de sonos perdidas, xixis e cocôs pelas roupinhas, trocador e até na mamãe e no papai, além de horas de cansaço extremo, cada segundo valeu a pena. Porque nós três juntos fizemos um excelente trabalho! Somos um super trio, não?? O melhor!

Hoje, só posso agradecer por ter ganhado esse presente tão especial. Jamais poderia ter desejado algo melhor, mais importante... imaginado ter um filho mais lindo, mais perfeito, mais especial. Nem nos melhores sonhos poderia chegar perto do que é. É muito melhor!

E é claro que daqui pra frente o que posso desejar para mim - apesar do aniversário ser dele - é que toda essa felicidade e amor só se multipliquem. Espalhados por aí já estão... é muita gente - primos, tios, avós, amigos - que desejam o bem e têm muito carinho por esse menino lindo. Hoje, foram várias as visitas - vovós, padrinhos, e a amiga Peli - além de vários parabéns e até um bolo de chocolate com vela e tudo!!! Então, que este "primeiro soprar de velas" multiplique todo esse bom sentimento por aí e faça dele um menino sempre cheio de saúde e felicidade.

Filho, um super parabéns para você pelo primeiro mês de vida! De nós fica o nosso MUITO OBRIGADO. Nem preciso dizer pelo (TUDO) quê. Estaremos sempre aqui para mimar, adorar, beijar, fazer tudo por você. Amamos você, mais do que possa imaginar!