8 de dezembro de 2011

a acrobacia das tetas

Ser mãe é maravilhoso, mesmo que esse seja um trabalho de carga horária ainda sem nome, que vai além do tipo integral.

Mas. Sempre tem o "mas". Mas aposto que não só eu fiquei entediada de passar tanto tempo dentro de casa. O problema não é o cuidar do bebê, mas ficar sem poder tirar a fuça pra fora da porta.

Ultimamente ando louca por um "bater de pernas"... acho que os tops estão entre bares, restaurantes e passeios como Benedito Calixto, mas sei que em breve tudo estará liberado.

Soma-se a isso o fato de eu não querer mais usar minhas roupas de antes da gravidez. Engraçado... quando estava com as chatíssimas roupas de grávida, não via a hora de poder voltar a usar minhas roupas... No entanto, outro dia abri a "caixa de pandora", a mala que eu guardei a maior parte das minhas roupas de magra para trocá-las com as de grávida - estas que não quero ver por pelo menor 2 anos - e me deu uma broxada louca... deduzi que não quero usar mais nenhuma delas. Nem as antigas, muito menos as de grávida!

E agora, como é que faz? Dá-lhe grana pra comprar muita roupa...

Aí, aproveitando que minha amiga Marina viria me visitar na terça a tarde depois de sua longa e linda viagem pela Austrália, pensei que pudéssemos dar uma breve volta no shopping que tem aqui do lado de casa. Breve mesmo... duas calças jeans novas, umas duas ou três blusinhas, um vestido e tudo certo. Só que sem o Dudu! Medo...

O bom é que é tão perto de casa que seria só o Thi ligar e em 10 minutos estaria aqui de volta... o tanto que se consegue enganar o Dudu com a chupeta.

Pois bem... tudo pensado e planejado e tive uma última e excelente ideia: deixar uma mamadeira de leite pro Dudu, só pra garantir. Porque na real é essa a dependência dele... a mamadeira ambulante que ele tem só pra ele. E fui lá eu...

Me preparei psicologicamente, esterilizei a mamadeira e na mamada da tarde, enquanto ele mamaria no esquerdo, eu tiraria - corajosamente: manualmente, sem bomba - do direito, que é onde tem mais leite.

E começamos a saga... só que foi uma coisa tão atrapalhada, engraçada, sem jeito... do lado esquerdo, eu tentava segurar o Dudu com um único braço - e vamos lembrar que ele é bem pesado e ainda mole, o que eleva o nível de dificuldade para "advanced" - e com os movimentos deste mesmo braço, levava a boca dele ao mamilo, que escapava de vez em quando. Entre as perninhas dele e a minha barriga, apoiei o pote onde guardaria o leite - torcendo para o nenê não dar aquelas espreguiçadas malucas e fora de hora - e na mão direita tentava me auto-ordenhar como uma vaca.

Puta coisa difícil! Depois de longos 30 minutos de mamada e 40 de tira-leite, consegui tirar escassos 65 ml. Hahaha...! Mas juro que é bastante pra tirar com a mão! Assumo que, se não fossem as diversas esguichadas que errei o pote e acertei cara, pernas e roupa do bebê, conseguiria uns 80 ml. Mas já dava pro gasto!

E no fim, não é que deu tudo certo? - à parte das roupas novas. Saí às 19h30 de casa e voltei lá pelas 22h. Neste intervalo o Dudu acordou, o Thi esquentou o leite e deu pro Dudu. Sorte que ele tava cansado... pegou na mamadeira de primeira e já começou a fechar os olhinhos... mamou tudo em um minuto e pegou no sono. Ufa!

Já a mamãe não conseguiu comprar absolutamente nada... o que gostou não tinha tamanho, o resto era tudo feio... muito sem novidade. E voltei pra casa apenas depois de um milkshake de ovomaltine do Bobs. Isso valeu a pena! Assim como simplesmente sair de casa e lembrar que antes de mãe também sou um indivíduo com suas próprias necessidades - mesmo que desta vez fúteis, como meras roupas novas.

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